Universos paralelos intrigam cientistas

By | 2 de Janeiro de 2008
Apesar de ser muito popular e bastante usada nos livros e filmes de ficção, a ideia dos universos múltiplos é encarada de forma séria pelos cientistas.

O astrofísico Aurélien Barrau escreve, no número de Dezembro da revista Cern Courrier, da Organização Europeia para a Investigação Nuclear, que a ideia “de uma multitude de universos é mais do que uma invenção fantástica, que aparece naturalmente em várias teorias e merece ser levada a sério”.

“Estes universos múltiplos não são propriamente teorias mas consequências de teorias elaboradas para responder a questões claras de física das partículas ou da gravitação. Muitos dos problemas centrais da física teórica encontram aqui uma explicação natural”, resume este físico do Laboratório de Física Subatómica e de Cosmologia. Com este raciocínio, “o nosso universo não seria mais do que uma ilhota irrisória no seio de um imenso ‘multiverso’ infinitamente vasto e diversificado”. E, prossegue o cientista, “se isso fosse verdade, poderia tornar-se para o homem, que está há muito tempo no centro do Universo, uma ‘quarta ferida narcísica’, depois das infligidas por Copérnico, Darwin e Freud”.

Tema de filmes

Imaginar que existe uma multitude de universos responderia a uma das interrogações dos físicos: por um qualquer acaso – excepto acreditar em Deus -, o nosso universo, se fosse o único existente, teria precisamente as leis e as constantes físicas que teriam permitido o aparecimento de astros, de planetas e finalmente de vida.

“As características do nosso universo explicam-se bem se supusermos que todas as versões imagináveis, ou não, da realidade existem ‘algures'”, resumia há alguns anos o astrofísico Max Tegmark.

Foi em meados do século XX, mais precisamente em 1957 que, pela primeira vez, foi avançada a ideia dos mundos paralelos pelo físico americano Hugh Everett, para interpretar certas bizarrias da física quântica, para o senso comum.

As partículas podem encontrar- -se numa sobreposição de estados – como se um gato pudesse estar, ao mesmo tempo, vivo e morto, segundo o célebre paradoxo relevado por um dos “pais” da física quântica Erwin Schrödinger.

Mas um estado só se torna realidade quando o observamos. As outras probabilidades não se concretizam nos outros universos, teorizou Hugh Everett, assim como outros físicos.

Existiriam, portanto, e segundo este raciocínio, vários universos paralelos que tiveram um passado comum, antes de divergirem para uma outra possibilidade.

A antiga série de televisão norte-americana Sliders [teve uma passagem breve pela televisão portuguesa, na SIC Radical, intitulada Mundos Paralelos], onde os heróis deslizavam de mundo em mundo, inspirou-se na mesma ideia da trilogia de Philip Pullman. [designada em Portugal por Mundos Paralelos, com os títulos Os Reinos do Norte, A Torre dos Anjos e O Telescópio de Âmbar, que deram origem ao filme A Bússola Dourada, em exibição].

“Este mundo, como todos os outros universos, nasceu do resultado das probabilidades”, explica Lorde Asriel a Lyra, a jovem heroína de Mundos Paralelos, evocando as partículas elementares.

“Num determinado momento, são possíveis várias coisas e no instante seguinte apenas ma se produz, e o resto não existe. E no entanto nasceram outros mundos, nos quais essas outras coisas foram produzidas.”
Fonte; Diário de Notícias

5 thoughts on “Universos paralelos intrigam cientistas

  1. AnadoCastelo

    Aqui está um tema bem fascinante e ainda bem que os cientistas já resolveram pegar na questão para estudar. Já não era sem tempo.
    Bjs

  2. Ricardo Santos Post author

    Olá Reginia, obrigado pela visita, será que és uma milionária num universo paralelo 🙂 ?

  3. octavio

    É possivel a teoria de que supostos ovinis avistados seriam na verdade seres com inteligencia mais avançada que nós, que podem romper a barreira do multiuniverso?

  4. JOSE DE LIMA PEREIRA

    JA SONHEI QUE HABITAVA REINOS DIFERENTES DO NOSSO MAS PELA DIFERENÇA DAS FRUTAS SABORES VEJETAÇAO E ANIMAIS QUE VI SEI SIM QUE SAO REINOS PALALELOS AO NOSSO.

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